O nosso primeiro destino nos Estados Unidos já estava definido há um bom tempo atrás.
Assim que a família da Sabrina decidiu que iria nos visitar na costa oeste americana, chegamos à conclusão de que Los Angeles seria o melhor lugar para recebê-los.
O nosso reencontro não poderia ser melhor. Muita emoção ao revê-los, depois de mais de nove meses longe do Brasil. A saudade já começava a apertar e foi muito bom ganhar a companhia de pessoas que tanto amamos por alguns dias.
Nosso tempo em Los Angeles foi curto, mas o suficiente para constatarmos que o trânsito da cidade é alucinante e a quantidade de carros é completamente absurda, mesmo se levarmos em consideração a qualidade impressionante das estradas da região.
Pistas com seis a sete faixas em um sentindo, e com o mesmo número de faixas no sentido contrário, completamente abarrotadas de carros. Contudo, o mesmo não se podia dizer do fluxo de pessoas na rua. Ao passo que as famosas freeways estão lotadas de veículos, as calçadas estão, literalmente, “entregue às moscas”. Apenas em alguns bairros ou distritos da região, como Hollywood, por exemplo, é possível ver pessoas andando ou simplesmente passando o tempo com uma boa caminhada.
Como gostamos muito de caminhar, logo percebemos esta grande diferença, pois nos sentíamos verdadeiras atrações, como se estivéssemos desfilando no tapete vermelho da fama. Carros e mais carros passavam e nada de cruzarmos com uma pessoa sequer, somente com os moradores de rua, pessoas completamente à margem da economia e da cultura americana.
E, por falar nisto, a quantidade de moradores de rua em Los Angeles e região metropolitana é alarmante, contrastando fortemente com o glamour da capital mundial do cinema.
Os nossos dias em Los Angeles já estavam contados e era hora de seguirmos em direção à um dos destinos mais esperados desta primeira etapa nos Estados Unidos: a Pacific Coast Highway 1 (PCH1), a famosa estrada californiana que cruza a região conhecida como Big Sur.
Já estávamos há algum tempo acompanhando as notícias da PCH1 e sabíamos que dificilmente conseguiríamos cruzar toda a extensão da estrada, por conta de uma série de deslizamentos que fecharam alguns trechos, há alguns meses atrás.
Fomos com a ideia de “pagar pra ver”, mas, infelizmente, em certo ponto da estrada, tivemos que retornar o que havíamos rodado.
Apesar disso, o que pudemos apreciar de uma das estradas mais lendárias dos Estados Unidos foi incrível. Paisagens cinematográficas às margens do Oceano Pacífico e muita vida selvagem, como uma imensa colônia de Elefantes-Marinhos, foram as grandes cerejas que faltavam em nossos primeiros dias por terras estadunidenses.