O surpreendente Grand Teton National Park

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Depois de 24 dias parados em Salt Lake City, logo tratamos de seguir viagem rumo ao nosso habitat natural.

O nosso primeiro destino, já no estado americano de Wyoming, foi o Parque Nacional Grand Teton, um dos parques mais incríveis que já cruzamos nestes onze meses de Volta ao Mundo.

As paisagens de rios, lagos e florestas do Grand Teton, com a cadeia de montanhas ao fundo, era tudo o que precisávamos depois de tanto tempo longe da Natureza.

Quem visita o Parque Nacional Grand Teton, nos Estados Unidos, geralmente está de passagem para conhecer o seu vizinho mais famoso, o Yellowstone.

Por este motivo, o parque é menos explorado pelos americanos e turistas do mundo inteiro que visitam a região, especialmente no verão do Hemisfério Norte.

Pôr do sol no Grand Teton National Park, Wyoming, Estados Unidos.

Apesar de não estar na lista de muita gente, o Grand Teton sempre teve algo de especial para nós. Mesmo sabendo pouco sobre ele, conhecíamos muito bem uma das imagens mais icônicas de um dos maiores fotógrafos de todos os tempos, o americano Ansel Adams, que imortalizou o Snake River com a cadeia de montanhas ao fundo, em uma foto tirada em 1941.

Com os equipamentos limitados da época, Ansel Adams demonstrou um total controle sobre a luz, que tão bem dimensionou esta paisagem em preto e branco.

Pudemos chegar no exato lugar que ele esteve há mais de 75 anos atrás e sentir um pouco da atmosfera incrível deste cenário.

A paisagem mudou bastante nestas sete décadas, mas a natureza continua tão bela quanto antes.

Sabíamos que nossa passagem pelo parque seria especial para reviver esta incrível cena capturada por Adams, mas o que não sabíamos era que iríamos nos surpreender tanto com as suas paisagens.

A Cordilheira Teton, que faz parte das Montanhas Rochosas dos Estados Unidos, envolve o parque de Norte a Sul. A cada lago que cruzávamos, de quilômetro a quilômetro do Snake River, lá estava a cadeia de montanhas ao fundo para deixar a paisagem ainda mais especial.

Como de costume, depois de esperarmos o Sol se pôr para fotografarmos as últimas luzes do dia, seguimos em direção à Bridger-Teton National Forest para montarmos acampamento. Nos parques dos Estados Unidos somente é permitido dormir em campings autorizados, enquanto as florestas são liberadas para o free camping.

Encontramos o nosso lugar na floresta, com uma vista privilegiada para a Cordilheira Teton, e fomos tomar banho. Como os dias já estavam ficando mais frios à medida que vamos nos aproximávamos do norte, os banhos passaram a ser ainda mais difíceis.

Como não temos aquecedor para o banho, a única estratégia para esquentar a água é fazendo como antigamente: colocando uma panela bem cheia no fogão e depois despejando a água em um recipiente, que serve como o chuveiro. A técnica é antiga, mas funcionou muito bem neste dia!

Improvisando para tomar um banho quentinho.

E com o alaranjado do fim do dia na Cordilheira Teton, entramos no Mochileiro e ficamos apreciando a paisagem até a escuridão tomar conta da floresta. Não podíamos acreditar: estávamos de volta à estrada.

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