O nosso primeiro destino no Peru foi a cidade de Arequipa.
Cruzamos a fronteira de Arica para Tacna e devido à impressionante demora de quatro horas para completarmos todo o processo, chegamos à Arequipa já era noite.
A primeira impressão da cidade foi caótica. Ficamos por cerca de duas horas presos em um engarrafamento monstruoso e desnorteados de tanto ouvir os ruídos ensurdecedores das buzinas. Finalmente, quando conseguimos escapar do trânsito e estacionar o carro, tivemos a oportunidade de conhecer uma outra Arequipa.
Conhecida mundialmente como a cidade branca, por conta de suas construções à base de Sillar, uma rocha vulcânica esbranquiçada, Arequipa tem, sem sombras de dúvidas, um dos mais lindos e impressionantes centros históricos da América do Sul.
Galgado ao título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o centro histórico de Arequipa é extremamente conservado e diferente de tudo o que já vimos pelo Brasil ou em outras países sulamericanos.
A Plaza de Armas guarda uma das Igrejas mais espetaculares que já conhecemos em nossas vidas.
A Catedral de Arequipa, construída em 1621 e completamente destruída por um incêndio em 1844. Inúmeros terremotos abalaram fortemente as suas torres, que foram reconstruídas após estes incidentes.
Outro destino impressionante da cidade é o Monastério de Santa Catalina. Construído em 1579, o Convento chegou a abrigar mais de 200 freiras Dominicanas, que viviam completamente enclausuradas. Era terminantemente proibido sair e ter qualquer contato direto com pessoas externas, mesmo com membros da família.
Atualmente, o Monastério funciona como um grande museu a céu aberto, expondo abertamente como era a vida religiosa e de muito trabalho das irmãs, que abdicavam de suas vidas em prol de Deus e de sua fé.
Arequipa é uma cidade histórica, mas que sabe como ninguém também ser moderna.
Considerada uma das capitais mundiais da gastronomia, a comida Arequipeña é mundialmente famosa e atrai turistas de todas as partes por conta de sua fama.
E não é só de fama que vive a comida arequipeña. Nas badaladas picanterias ou mesmo em uma lanchonete de esquina, sempre há um ou mais chefs preparando os pratos. A comida é deliciosa e muito mais barata que nos países vizinhos.
Ficamos impressionados como eles gostam de dar um ar gourmet às comidas, mesmo se você vai comer em um carrinho de cachorro quente na praça.
Fazia muito tempo que não comíamos tão bem quanto nos três dias em que estivemos em Arequipa.
Já estávamos encantados com o Peru e os nossos dias por lá estavam apenas começando. Que bom, muitas coisas surpreendentes ainda estavam por vir.