No mesmo dia em que saímos de Copenhagen, a capital da Dinamarca, cruzamos o Estreito de Øresund em uma moderna balsa rumo a mais um país da nossa Volta ao Mundo de Carro.
Na Suécia, começávamos verdadeiramente nossa expedição rumo ao norte. O objetivo era alcançar Nordkapp, que é o ponto mais setentrional da Europa continental.
Foram dias imersos em uma estrada vazia, cortando uma vasta floresta de pinheiros e cruzando por paisagens que nos fizeram relembrar a ida ao Alaska.
Um ano antes, estávamos em uma corrida para alcançarmos a última fronteira das Américas. Foram quilômetros e mais quilômetros pela mítica Alaska Highway, um dos pontos altos de nossa viagem pelos extremos do continente americano.
Assim, mais uma vez, estávamos em uma nova corrida para o norte, desta vez até o ponto mais extremo da Europa.
Cruzamos em uma manhã a capital Estocolmo e no fim da tarde já estávamos mais próximos do norte do país.
Estávamos no fim do mês de outubro e o inverno já se aproximava. Os dias ficavam gradualmente mais frios e podíamos sentir que a primeira nevasca estava chegando.
Poucos viajantes se aventuram no norte nesta época, tanto que não encontramos nenhum camping aberto. Sempre dormíamos em estacionamentos de postos de gasolina e fazíamos lanches nas paradinhas de beira da estrada.
Em uma dessas lanchonetes, provamos um típico prato sueco, o Tunnbrödsrulle. Este curioso lanche é feito com purê de batatas, linguiça, alface, molho de maionese, cebola, ketchup, mostarda e é servido embrulhado em uma tortilla, que no Brasil conhecemos como massa de Rap10. A mistura de todos esses ingredientes parece ser estranha, mas era uma delícia!